SEC aprova o token ENERGY da Fuse: como um projeto DePIN garantiu uma carta de não-ação

12/2/2025, 2:53:01 AM
Entenda como o token ENERGY da Fuse Network conquistou a aprovação da carta de não ação pela SEC, um avanço regulatório relevante para projetos DePIN. Veja de que maneira esse feito influencia o universo blockchain, a agenda de sustentabilidade e a conformidade no Web3, trazendo segurança regulatória para investidores, desenvolvedores e iniciativas ambientais.

A Decisão Histórica da SEC: O Êxito do Token ENERGY da Fuse Network

No dia 24 de novembro de 2025, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos emitiu uma carta formal de não atuação à Fuse Crypto Limited, marcando um momento decisivo para redes descentralizadas de infraestrutura física sob o ambiente regulatório norte-americano. A carta de não atuação da SEC para criptomoeda vai muito além de uma aprovação administrativa e representa a validação explícita do modelo de token com foco em utilidade da Fuse, sinalizando uma mudança fundamental na forma como reguladores de valores mobiliários analisam projetos de infraestrutura baseados em blockchain. O documento confirma que o token nativo da Fuse, chamado de FUSE ou ENERGY, não precisa de registro como valor mobiliário segundo as regras atuais, garantindo proteção regulatória significativa para a continuidade da distribuição de tokens a participantes e validadores da rede. Essa decisão tem impacto profundo em todo o ecossistema de criptomoedas, especialmente para projetos que enfrentam os desafios da interseção entre economia de tokens e regulação de valores mobiliários. A SEC reconhece que o token da Fuse tem funções de utilidade reais dentro de sua arquitetura descentralizada de infraestrutura física, em vez de atuar predominantemente como ativo de investimento — uma diferenciação que muitos projetos Web3 não conseguiram nos últimos anos. Com a carta de não atuação, a SEC se compromete a não tomar medidas de fiscalização contra os mecanismos de distribuição do token da Fuse, desde que o projeto mantenha a conformidade com as condições e declarações feitas à agência. Essa decisão sinaliza o avanço da compreensão do órgão sobre como o blockchain possibilita novas formas de participação e alinhamento de incentivos, com dinâmicas diferentes das ofertas tradicionais de valores mobiliários.

Avanço Regulatório do DePIN: Entendendo a Carta de Não Atuação

Esta carta de não atuação é apenas a segunda desse tipo que a SEC concede a projetos DePIN e dentro de seu próprio framework, após decisão semelhante envolvendo a DoubleZero em 2025. Esse novo padrão de flexibilidade regulatória resulta de mudanças na liderança da SEC e da disposição do órgão em dialogar com tecnologias inovadoras de criptomoedas com foco em conteúdo e não apenas restrições. A aprovação ao DePIN evidencia que a SEC entende que redes descentralizadas de infraestrutura física funcionam de modo diferente dos instrumentos financeiros tradicionais. A arquitetura da Fuse, baseada na Solana e dedicada à infraestrutura de energia limpa, cria um cenário em que detentores de tokens participam diretamente da validação da rede, coordenação do fornecimento de energia e governança do protocolo — atividades que geram valor econômico real, independentemente do mercado secundário. A carta de não atuação reconhece expressamente essas diferenças, ao deixar claro que tokens distribuídos a quem efetivamente contribui para a rede têm propósito econômico distinto dos valores mobiliários emitidos apenas para captar recursos de investidores em busca de retorno. Isso mostra uma evolução importante no entendimento da SEC, já que antes o órgão frequentemente tratava todas as distribuições de tokens como equivalentes, sem considerar sua utilidade. O documento traz segurança regulatória à Fuse Crypto Limited quanto à sua distribuição de tokens e estabelece precedente que outros projetos DePIN podem seguir no desenvolvimento de seus modelos de conformidade. Essa clareza elimina dúvidas que afastavam a participação institucional em infraestrutura descentralizada, já que investidores e parceiros evitavam projetos com status legal indefinido. O reconhecimento da SEC de que o ENERGY tem utilidade genuína, e não serve primariamente como contrato de investimento, abre espaço para engajamento de instituições reguladas interessadas em infraestrutura descentralizada.

Aspecto Fuse Network DeFi Tradicional Regulação de Valores Mobiliários
Função do Token Participação e validação na rede Investimento/negociação Emissão para captação de recursos
Tratamento Regulatório Aprovação baseada em utilidade Incerto/restritivo Exigência de conformidade com a lei
Risco de Fiscalização da SEC Mínimo com carta de não atuação Elevado Fiscalização máxima
Participação Institucional Viável agora com clareza Antes restrita Altamente restrita

Impacto Ambiental e Blockchain: O Token ENERGY Revoluciona a Sustentabilidade

O Fuse Energy integra tecnologia descentralizada de infraestrutura física a objetivos de sustentabilidade de forma inovadora, indo além do que blockchains convencionais conseguem. Baseada na Solana, a Fuse funciona como uma rede de infraestrutura física em que participantes instalam fontes de energia renovável, sistemas de armazenamento e soluções de gestão de rede, sendo remunerados com tokens ENERGY por sua contribuição na coordenação e distribuição de energia. Esse modelo transforma a lógica de projetos ambientais ao utilizar incentivos de blockchain para ampliar a infraestrutura sustentável, sem depender apenas de capital de risco ou subsídios públicos. O foco da Fuse Energy em energia limpa diferencia o projeto de outros DePIN voltados a dados, redes sem fio ou recursos computacionais. Ao direcionar a economia do blockchain diretamente ao desenvolvimento de infraestrutura renovável, a Fuse mostra como soluções ambientais Web3 podem criar ecossistemas autossustentáveis, nos quais a geração de impacto ambiental oferece retorno financeiro, e não é apenas um custo adicional. A aprovação regulatória dos tokens ENERGY pela SEC é especialmente relevante para projetos ambientais, pois valida o modelo econômico das redes de sustentabilidade. Ativistas e investidores climáticos reconhecem que mecanismos tradicionais não oferecem incentivos adequados para a participação distribuída em energia renovável, enquanto modelos tokenizados alinhados à utilidade da rede permitem mobilização de capital e engajamento em escala inédita. A confirmação do status legal do ENERGY elimina dúvidas regulatórias que antes afastavam investidores institucionais ambientalistas desses mecanismos. Agora, fundos de pensão, endowments, fundações ambientais e veículos de investimento ESG podem participar da infraestrutura sustentável da Fuse Network com segurança quanto à conformidade regulatória. A junção entre blockchain, impacto ambiental e aprovação da SEC cria oportunidades concretas para alocação de capital alinhada a metas financeiras e de sustentabilidade.

Roteiro de Compliance Web3: Lições da Aprovação da SEC para a Fuse

O caminho da Fuse Crypto Limited para obter aprovação regulatória da SEC se tornou referência para outros projetos Web3 e desenvolvedores de blockchain estruturarem suas estratégias de compliance. Em vez de adotar postura defensiva ou minimalista, a Fuse estabeleceu diálogo direto com a equipe da SEC, demonstrando que seu modelo de token prioriza utilidade e arquitetura operacional distinta de valores mobiliários. Essa interação colaborativa reflete uma estratégia jurídica madura, já que a transparência com reguladores costuma trazer resultados melhores do que a evasão. Quem desenvolve projetos DePIN deve documentar detalhadamente o funcionamento de seus tokens, permitindo que profissionais de compliance rastreiem claramente a relação entre incentivos, utilidade e participação real na rede. A confirmação do status legal do ENERGY mostra que a SEC avalia projetos sob análise funcional, e não apenas pelo nome do token ou pelo local de negociação. Projetos que comprovam utilidade real — em que tokens habilitam trabalho, remuneração, acesso à rede ou governança — podem argumentar por tratamento regulatório favorável. Profissionais de compliance precisam garantir que a distribuição de tokens esteja sempre vinculada à utilidade, evitando que a economia do token se torne apenas especulativa e desvinculada da participação de rede. A carta de não atuação da SEC para a Fuse traz condições e declarações que devem ser mantidas para garantir a proteção regulatória. Equipes Web3 devem compreender que cartas de não atuação são aprovações condicionais; alterações em economia do token, distribuição ou governança podem exigir nova análise do órgão. Portanto, o compliance deve contar com monitoramento contínuo para garantir aderência às declarações feitas à SEC durante o processo de aprovação. Essa disciplina previne que atualizações técnicas gerem violações regulatórias não intencionais, mesmo em projetos já aprovados.

A carta de não atuação da SEC para criptomoeda emitida à Fuse Crypto Limited mostra que a aprovação regulatória de projetos DePIN deixou de ser apenas uma hipótese e se tornou realidade. Projetos que constroem estruturas sólidas de compliance, mantêm diálogo aberto com os reguladores e desenvolvem tokens focados em utilidade podem conquistar a mesma segurança regulatória. A convergência entre sustentabilidade ambiental e economia de infraestrutura em blockchain, validada pela aprovação da SEC para a Fuse, comprova que soluções ambientais Web3 para mudança climática e energia renovável podem operar segundo as normas regulatórias tradicionais, e não apenas em ambientes incertos. Para investidores em criptomoedas que buscam projetos de infraestrutura com clareza regulatória e impacto ambiental, a Fuse Network é referência de como a intersecção entre tecnologias DePIN, sustentabilidade e compliance cria oportunidades de investimento realmente diferenciadas. Desenvolvedores de blockchain devem analisar o exemplo da Fuse como modelo de que o diálogo proativo com reguladores traz resultados superiores às abordagens de confronto. Profissionais de compliance agora têm referência concreta para estruturar distribuições de tokens alinhadas às exigências da SEC sobre utilidade e função de rede. Ativistas ambientais podem perceber que redes descentralizadas de infraestrutura física sob arcabouço legal ampliam as oportunidades de expansão da energia renovável por mecanismos de mercado e não apenas por intervenção política. As lições da aprovação da SEC à Fuse oferecem diretrizes práticas a todo o ecossistema Web3 comprometido com compliance legítimo, inclusive para projetos do Gate que avaliam caminhos similares de aprovação para suas operações.

* As informações não pretendem ser e não constituem aconselhamento financeiro ou qualquer outra recomendação de qualquer tipo oferecida ou endossada pela Gate.