Recentemente ouvi muitas vozes a dizer que "quando o Japão subir as taxas, haverá uma grande queda, e aí é altura de comprar na baixa", mas se olhar para várias ondas históricas, perceberá que esse tipo de expectativa simplista e agressiva costuma ser o que mais leva a erros.

Eventos importantes como o aumento das taxas no Japão geralmente provocam uma reação de mercado que se divide em dois estágios. O primeiro estágio realmente pode gerar alguma hesitação, mas não é algo que se resolva com um "super impacto imediato e uma recuperação instantânea". Na verdade, esse tipo de movimento de um dia só é raro na história. O mais comum é que, nos dias seguintes, os preços continuem sob pressão, com fundos saindo aos poucos, apresentando um ritmo de fraqueza gradual — uma estratégia de trocar tempo por espaço.

O que realmente devemos estar atentos é à pressão contínua na próxima semana. Se entrarmos com pressa hoje, é muito provável que compremos na metade da subida. Ainda mais doloroso é que, posteriormente, o mercado pode entrar num "canal de queda lenta", testando os mínimos repetidamente, até que, finalmente, venha um período de recuperação de 2 a 4 semanas.

O padrão comum nesse tipo de movimento é: primeiro, uma queda rápida e uma recuperação rápida, assustando as pessoas a pensarem que "tudo de negativo já passou"; logo depois, o preço não vai disparar imediatamente, mas vai testar lentamente o fundo, seguindo a tendência; só após a digestão completa do sentimento e dos papéis é que a recuperação oficial começa.

Portanto, a estratégia neste momento deve ser de defesa, não de caça ao fundo. Para o mercado de hoje, basta seguir o ritmo de ontem: se houver uma recuperação durante o dia, venda na alta; se houver queda à noite, realize lucros ao longo do caminho.

Lembre-se disto: o aumento das taxas no Japão não é uma situação resolvida com "uma única vela", mas sim uma questão de trocar tempo por espaço. Em vez de entrar impulsivamente na compra na baixa, é melhor esperar com paciência pelo ritmo adequado.