Em 2025, o dólar ainda vai subir? Previsão da taxa de câmbio com base na análise técnica e fundamental

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O que é a taxa de câmbio do dólar? Entenda rapidamente os conceitos essenciais

A taxa de câmbio do dólar é, essencialmente, o valor de troca entre moedas. Por exemplo, EUR/USD=1.04 indica que com 1.04 dólares é possível trocar por 1 euro, refletindo a relação de valor do euro em relação ao dólar.

Quando o EUR/USD sobe de 1.04 para 1.09, significa que o euro se valoriza e o dólar se desvaloriza; por outro lado, ao cair para 0.88, o euro desvaloriza e o dólar se valoriza.

O índice do dólar é uma ferramenta que mede de forma abrangente o poder de compra internacional do dólar, sendo calculado por uma média ponderada das taxas de câmbio do dólar contra seis principais moedas: euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço. Quanto mais alto o índice, mais forte o dólar; quanto mais baixo, mais fraco.

É importante notar que uma redução nas taxas de juros do Federal Reserve não leva necessariamente a uma queda direta do índice do dólar. Isso porque as moedas das respectivas nações também podem adotar medidas semelhantes, sendo necessário fazer uma análise comparativa das políticas de cada país para uma avaliação precisa.

Como interpretar a tendência do índice do dólar? Sinais-chave atuais

O índice do dólar caiu por cinco dias consecutivos recentemente, atingindo uma mínima desde novembro (cerca de 103,45), tendo rompido a média móvel simples de 200 dias, o que na análise técnica indica um sinal de venda claro.

Os dados de emprego nos EUA abaixo do esperado foram o principal fator impulsionador. Como consequência, o mercado aumentou as apostas de uma nova redução nas taxas de juros pelo Fed, o que reduziu os rendimentos dos títulos do Tesouro americano e enfraqueceu o apelo do dólar.

A direção da política do Federal Reserve é o fator decisivo para o movimento do dólar. Se as expectativas de corte de juros se fortalecerem, a probabilidade de o dólar enfraquecer aumenta; se as expectativas de aumento de juros crescerem, o dólar pode se recuperar. Apesar de uma possível recuperação técnica de curto prazo, a pressão de baixa permanece.

Se o Fed realmente iniciar um ciclo de cortes de juros e os dados econômicos continuarem fracos, é provável que o índice do dólar permaneça vulnerável em 2025. A expectativa é que o suporte possa cair abaixo de 102,00.

Revisão do ciclo histórico do dólar: de Bretton Woods até hoje

Após o colapso do sistema de Bretton Woods (1971), o índice do dólar passou por 8 ciclos de oscilações marcantes:

1971-1980, baixa de mercado: após o fim do padrão ouro, o dólar se espalhou, agravado pela crise do petróleo e alta inflação, levando o índice abaixo de 90.

1980-1985, forte valorização: o então presidente do Fed, Volcker, combateu a inflação com uma política de juros agressiva (a taxa de juros dos fundos federais atingiu 20%), levando o índice a máximos históricos. O mercado de alta do dólar terminou em 1985.

1985-1995, longo período de correção: os problemas do “duplo déficit” (fiscal e comercial) dos EUA agravaram-se, levando a uma longa fase de baixa do dólar.

1995-2002, era do benefício da internet: sob a presidência de Clinton, os EUA lideraram uma nova economia, com fluxo de capital de volta ao país, levando o índice a picos de 120 pontos.

2002-2010, impacto da crise financeira: o estouro da bolha da internet, o 11 de setembro, políticas de afrouxamento quantitativo e a crise de 2008 fizeram o índice oscilar em torno de 60.

2011-2020, recuperação após crise da dívida europeia: a crise da dívida na Europa, o crash das ações na China, enquanto os EUA mantinham crescimento estável. O Fed elevou juros várias vezes, fortalecendo o índice.

Início de 2020-2022, impacto da pandemia: para estimular a economia, o Fed cortou as taxas para 0% e imprimiu dinheiro em grande escala, levando a uma forte queda do índice do dólar, com alta inflação subsequente.

2022-2024, combate à inflação: o Fed elevou agressivamente as taxas até níveis de 25 anos e iniciou o redução de ativos (QT), o que, embora tenha controlado a inflação, abalou a confiança no dólar.

Como as moedas devem se comportar em relação ao dólar em 2025?

Euro/Dólar (EUR/USD): expectativa de alta contínua

EUR/USD geralmente se move de forma oposta ao índice do dólar. Com a expectativa de depreciação do dólar, melhorias na política do Banco Central Europeu e diferenças nas perspectivas econômicas, se o Fed continuar cortando juros e a economia americana desacelerar, o EUR/USD deve subir.

Dados recentes mostram EUR/USD atingindo 1.0835, indicando tendência de alta. Se estabilizar nesse nível, pode tentar romper a barreira de 1.0900. No gráfico técnico, máximas anteriores e linhas de tendência podem oferecer suporte, enquanto 1.0900 é uma resistência importante.

Libra/ Dólar (GBP/USD): tendência de alta com oscilações

A economia do Reino Unido está fortemente relacionada à dos EUA, portanto, o movimento do GBP/USD é semelhante ao do EUR/USD. O mercado espera que o Banco da Inglaterra reduza juros mais lentamente que o Fed, o que dá suporte à libra. Se o Banco da Inglaterra adotar uma postura cautelosa, a libra se manterá relativamente forte frente ao dólar.

Com sinais técnicos positivos, projeta-se que em 2025 o GBP/USD mantenha uma tendência de alta com oscilações, na faixa de 1.25-1.35. Divergências de política e o sentimento de aversão ao risco serão os principais motores. Se as políticas econômicas do Reino Unido e dos EUA se diferenciarem ainda mais, a taxa de câmbio pode desafiar 1.40, mas é preciso ficar atento a riscos políticos e de liquidez que podem provocar correções.

Dólar/Yuan (USD/CNH): atenção à política

O dólar frente ao yuan é influenciado por fatores de oferta e demanda de mercado e pelas políticas econômicas de ambos os países. Se o Fed continuar elevando juros e a economia chinesa desacelerar, o USD/CNH pode ser pressionado para cima. As ações do banco central na política cambial terão impacto de longo prazo.

Tecnicamente, o dólar pode oscilar na faixa de 7.2300-7.2600, sem força para romper no curto prazo. Investidores devem acompanhar de perto essa zona, pois uma quebra pode gerar novas oportunidades de negociação.

Dólar/ Iene (USD/JPY): tendência de baixa prevista

USD/JPY é um dos pares mais líquidos do mundo, com o dólar como principal moeda de reserva e o iene ocupando a quarta posição. Os salários no Japão subiram 3,1% em janeiro, o maior aumento em 32 anos, indicando possível saída do país do ciclo de baixa inflação e salários baixos.

O aumento salarial e a pressão inflacionária podem levar o Banco do Japão a ajustar sua política de juros. Sob pressão internacional (especialmente dos EUA), o Japão pode acelerar o aumento de juros.

Prevê-se que em 2025 o USD/JPY siga uma tendência de baixa, com expectativas de cortes de juros e recuperação econômica japonesa como principais fatores. Tecnicamente, se romper 146.90, pode cair ainda mais; para reverter a tendência de baixa, é preciso superar a resistência de 150.0.

Dólar/Australiano (AUD/USD): suporte de dados econômicos

O PIB do quarto trimestre na Austrália cresceu 0,6% trimestralmente e 1,3% anual, ambos acima do esperado. A balança comercial de janeiro teve superávit de 562 bilhões, apoiando o fortalecimento do dólar australiano. O Reserve Bank da Austrália mantém postura cautelosa, indicando baixa probabilidade de corte de juros, mantendo uma posição relativamente positiva.

O dólar pode ajustar-se diante da incerteza econômica global. Se o Fed continuar com uma política de afrouxamento em 2025, a fraqueza do dólar sustentará o aumento do AUD/USD.

Como aproveitar as oportunidades na volatilidade do dólar em 2025?

Estratégia de curto prazo (Q1-Q2): negociações de oscilação, captando reversões

Cenário de alta: conflitos geopolíticos intensificados podem elevar o índice do dólar para 100-103; dados econômicos dos EUA acima do esperado podem atrasar cortes de juros, impulsionando uma recuperação do dólar.

Cenário de baixa: política de afrouxamento do BCE mais agressiva enfraquecerá o dólar; aumento do risco de dívida dos EUA pode diminuir a credibilidade do dólar.

traders mais agressivos podem vender na alta entre 95-100 do DXY, usando indicadores técnicos para captar sinais de reversão; investidores mais conservadores devem aguardar, aguardando uma maior clareza na política do Fed.

Estratégia de médio a longo prazo (após Q3): dólar moderadamente fraco, migrando para ativos não americanos

O aprofundamento do ciclo de cortes do Fed reduzirá a vantagem dos rendimentos dos títulos americanos, podendo haver fluxo de capital para mercados emergentes de alto crescimento ou para a recuperação da zona do euro. Se a tendência de desdolarização global acelerar, o papel do dólar como moeda de reserva pode enfraquecer marginalmente.

Recomenda-se reduzir gradualmente posições longas em dólar, alocando em moedas não americanas com avaliação razoável ( iene, dólar australiano) ou em commodities (ouro, cobre) para diversificação de risco.

Recomendação central: flexibilidade e disciplina são essenciais

As negociações de dólar em 2025 dependerão fortemente de dados econômicos e eventos. Manter flexibilidade, seguir rigorosamente a disciplina de trading e acompanhar de perto os dados econômicos e as políticas será fundamental para capturar ganhos acima da média na volatilidade cambial.

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