Você já reparou que, ao comprar e vender o mesmo par de moedas numa plataforma de negociação, os preços que vê são diferentes? Essa diferença invisível é o que as exchanges e os corretores lucram silenciosamente com você. Essa margem é chamada de spread, também conhecida como diferença entre preço de compra e venda.
O spread é o custo invisível da negociação
Imagine que, ao querer comprar euros contra dólares, você vê dois preços:
Preço de compra (ASK): o valor que você paga, a cotação que o corretor lhe fornece
Preço de venda (BID): o valor que você consegue ao vender, a cotação oferecida pelo corretor
Esses dois preços nunca são iguais. O preço de compra é sempre maior que o de venda, e essa diferença é o spread. Essa é a principal forma de lucro dos “corretores sem comissão” — eles não cobram uma taxa explícita, mas ganham com o spread.
Simplificando, é como se o corretor comprasse de você por um preço mais baixo e vendesse por um preço mais alto, vivendo dessa diferença. A comissão não é cobrada separadamente, ela já está embutida nos preços de compra e venda.
Dois tipos de spread, qual deles te prejudica mais
Existem principalmente dois tipos de spread nas plataformas de negociação, e você precisa entender as diferenças:
Spread fixo — parece estável, mas na verdade tem armadilhas
O spread fixo permanece constante independentemente do momento ou do mercado. Geralmente oferecido por market makers ou plataformas de “mesa de negociação”. Eles compram grandes posições de provedores de liquidez e vendem para os traders, atuando como contraparte das suas operações.
A vantagem é que o custo de negociação é previsível e os requisitos de capital geralmente são menores. Mas há armadilhas:
Atraso na cotação: em mercados altamente voláteis, o corretor pode não reagir a tempo e rejeitar sua operação, exigindo que aceite um novo preço
Risco de slippage: o preço pode mudar instantaneamente, e sua execução pode ficar longe do valor esperado
Spread variável — flexível e transparente, mas depende da sua velocidade de execução
O spread variável muda conforme as condições do mercado, oferecido por corretoras que não operam na mesa de negociação. Elas obtêm cotações em tempo real de múltiplos provedores de liquidez e repassam diretamente para você, sem manipulação.
A vantagem é que não há atraso na cotação e a transparência é maior. Mas, para traders de curto prazo, essa flexibilidade pode ser desvantagem. Especialmente em momentos de divulgação de dados econômicos, feriados ou eventos globais que reduzem a liquidez, o spread pode se ampliar rapidamente, consumindo seus lucros.
Como calcular o spread, qual é realmente o custo da sua negociação
Saber o valor do spread não basta; você precisa calcular o custo real. Para isso, são necessárias duas informações:
Valor de cada ponto
Volume negociado
Pegando o euro contra o dólar como exemplo, suponha:
Preço de compra: 1.04111
Preço de venda: 1.04103
Spread: 8 pontos (ou 0.0008)
Se você negociar 1 mini lote (10.000 unidades), com valor de cada ponto de 1 dólar:
Custo da negociação = 0.8 pontos × 1 mini lote × 1 dólar/ponto = 0.80 dólares
Se negociar 5 mini lotes:
Custo da negociação = 0.8 pontos × 5 mini lotes × 1 dólar/ponto = 4.00 dólares
Parece pouco? Mas não se esqueça, esse é o custo na entrada. Ao fechar a posição, você pagará novamente. Portanto, quanto maior o volume, maior o custo por operação.
Dicas práticas para escolher o spread
Se você faz operações de curtíssimo prazo ou é um scalper, spreads fixos, mesmo com risco de slippage, garantem que o spread não aumente de repente
Se prefere posições longas e operações de tendência, spreads variáveis com menor transparência podem ser vantajosos, pois você não se preocupa com oscilações de curto prazo
Tenha cuidado ao fazer operações em notícias econômicas: spreads variáveis podem se ampliar de forma absurda nesse momento, tornando a entrada uma forma de perder dinheiro
Entender a verdadeira face do spread é essencial para controlar seus custos na hora de negociar.
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A verdade sobre os custos de negociação: Como o spread realmente prejudica o seu dinheiro
Você já reparou que, ao comprar e vender o mesmo par de moedas numa plataforma de negociação, os preços que vê são diferentes? Essa diferença invisível é o que as exchanges e os corretores lucram silenciosamente com você. Essa margem é chamada de spread, também conhecida como diferença entre preço de compra e venda.
O spread é o custo invisível da negociação
Imagine que, ao querer comprar euros contra dólares, você vê dois preços:
Esses dois preços nunca são iguais. O preço de compra é sempre maior que o de venda, e essa diferença é o spread. Essa é a principal forma de lucro dos “corretores sem comissão” — eles não cobram uma taxa explícita, mas ganham com o spread.
Simplificando, é como se o corretor comprasse de você por um preço mais baixo e vendesse por um preço mais alto, vivendo dessa diferença. A comissão não é cobrada separadamente, ela já está embutida nos preços de compra e venda.
Dois tipos de spread, qual deles te prejudica mais
Existem principalmente dois tipos de spread nas plataformas de negociação, e você precisa entender as diferenças:
Spread fixo — parece estável, mas na verdade tem armadilhas
O spread fixo permanece constante independentemente do momento ou do mercado. Geralmente oferecido por market makers ou plataformas de “mesa de negociação”. Eles compram grandes posições de provedores de liquidez e vendem para os traders, atuando como contraparte das suas operações.
A vantagem é que o custo de negociação é previsível e os requisitos de capital geralmente são menores. Mas há armadilhas:
Spread variável — flexível e transparente, mas depende da sua velocidade de execução
O spread variável muda conforme as condições do mercado, oferecido por corretoras que não operam na mesa de negociação. Elas obtêm cotações em tempo real de múltiplos provedores de liquidez e repassam diretamente para você, sem manipulação.
A vantagem é que não há atraso na cotação e a transparência é maior. Mas, para traders de curto prazo, essa flexibilidade pode ser desvantagem. Especialmente em momentos de divulgação de dados econômicos, feriados ou eventos globais que reduzem a liquidez, o spread pode se ampliar rapidamente, consumindo seus lucros.
Como calcular o spread, qual é realmente o custo da sua negociação
Saber o valor do spread não basta; você precisa calcular o custo real. Para isso, são necessárias duas informações:
Pegando o euro contra o dólar como exemplo, suponha:
Se você negociar 1 mini lote (10.000 unidades), com valor de cada ponto de 1 dólar:
Se negociar 5 mini lotes:
Parece pouco? Mas não se esqueça, esse é o custo na entrada. Ao fechar a posição, você pagará novamente. Portanto, quanto maior o volume, maior o custo por operação.
Dicas práticas para escolher o spread
Entender a verdadeira face do spread é essencial para controlar seus custos na hora de negociar.