Movimentos no mercado de metais preciosos: prata e platina lideram a subida
Nos últimos meses, o mercado de metais preciosos tem apresentado uma tendência de divergência. No final de setembro, a prata ultrapassou a barreira de 45 dólares por onça, enquanto a platina quebrou os 1550 dólares por onça, atingindo os níveis mais altos desde 2011 e 2013, respetivamente. Em contraste, o ouro registou uma subida relativamente moderada no mesmo período. Desde o início do ano até agora, a prata acumulou um aumento de 55%, enquanto a platina subiu 71%, ambos claramente acima do aumento de 41% do ouro. Este fenómeno de “metais preciosos não tradicionais liderando a subida” merece uma análise aprofundada.
De sentimento de proteção a recuperação de valor
As principais razões que impulsionaram a subida geral dos metais preciosos incluem dois aspetos. Por um lado, as incertezas na perspetiva da economia global aumentaram, riscos geopolíticos são frequentes e os investidores reforçam a sua aversão ao risco; por outro lado, as principais políticas monetárias dos bancos centrais tornaram-se mais acomodatícias, com o Federal Reserve a continuar a reduzir as taxas de juro, o que reduziu significativamente o custo de manutenção desses metais.
No entanto, a lógica por trás do excesso de subida da prata e da platina é ainda mais profunda. A relação ouro/prata e a relação ouro/platina têm estado em desequilíbrio há muito tempo, e o processo de regressão dessas relações implica que o capital está a mover-se de ouro, que está relativamente sobrevalorizado, para prata e platina, que estão subvalorizados, para corrigir o valor. Este impulso de recuperação de valor é forte e torna-se um fator importante para impulsionar esses dois tipos de metais preciosos.
Escassez estrutural na oferta
A pressão do lado da oferta é outro fator central que sustenta os preços. De acordo com as previsões da Associação Mundial de Prata, o mercado de prata enfrentará uma escassez severa em 2025, com a oferta total a não conseguir satisfazer a procura pelo quinto ano consecutivo. Ainda mais preocupante, com base na velocidade atual de consumo, os recursos conhecidos de prata na Terra poderão estar em risco de esgotamento antes de 2050.
O mercado de platina enfrenta uma situação semelhante. A Associação Mundial de Investimento em Platina anunciou que, em 2025, o mercado de platina apresentará um déficit de oferta pelo terceiro ano consecutivo, estimando-se uma escassez de 30 toneladas. Especialistas do setor indicam que a indústria da platina já entrou numa fase de escassez estrutural duradoura, com a oferta das minas a enfrentar pressões de longo prazo para baixo.
Previsões das instituições: otimismo na evolução do preço da platina
Diante destes fundamentos, as instituições de mercado estão geralmente otimistas quanto ao futuro da prata. A equipa de análise de commodities do UBS espera que o preço da prata suba ainda mais, situando-se entre 52 e 58 dólares. A Nomura Securities também afirmou que, em comparação com o potencial de subida do ouro, que é limitado recentemente, a prata, que combina atributos industriais e de proteção de valor, está a tornar-se cada vez mais atrativa para os investidores.
Vozes mais agressivas vêm do Crédit Agricole, que considera que a prata está atualmente subvalorizada e possui uma dupla natureza, podendo atingir os 50 dólares a curto prazo, com uma trajetória de subida a longo prazo que poderá até estender-se até aos 100 dólares.
Quanto às perspetivas para a platina, o Deutsche Bank mantém uma visão otimista, acreditando que, com o défice de oferta e a procura estrutural a sustentarem-se, a tendência de forte valorização da platina continuará. Se a relação ouro/platina puder regressar ao nível histórico de 2, a preço da platina poderá ultrapassar os 1850 dólares.
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Movimentos no mercado de metais preciosos: prata e platina lideram a subida
Nos últimos meses, o mercado de metais preciosos tem apresentado uma tendência de divergência. No final de setembro, a prata ultrapassou a barreira de 45 dólares por onça, enquanto a platina quebrou os 1550 dólares por onça, atingindo os níveis mais altos desde 2011 e 2013, respetivamente. Em contraste, o ouro registou uma subida relativamente moderada no mesmo período. Desde o início do ano até agora, a prata acumulou um aumento de 55%, enquanto a platina subiu 71%, ambos claramente acima do aumento de 41% do ouro. Este fenómeno de “metais preciosos não tradicionais liderando a subida” merece uma análise aprofundada.
De sentimento de proteção a recuperação de valor
As principais razões que impulsionaram a subida geral dos metais preciosos incluem dois aspetos. Por um lado, as incertezas na perspetiva da economia global aumentaram, riscos geopolíticos são frequentes e os investidores reforçam a sua aversão ao risco; por outro lado, as principais políticas monetárias dos bancos centrais tornaram-se mais acomodatícias, com o Federal Reserve a continuar a reduzir as taxas de juro, o que reduziu significativamente o custo de manutenção desses metais.
No entanto, a lógica por trás do excesso de subida da prata e da platina é ainda mais profunda. A relação ouro/prata e a relação ouro/platina têm estado em desequilíbrio há muito tempo, e o processo de regressão dessas relações implica que o capital está a mover-se de ouro, que está relativamente sobrevalorizado, para prata e platina, que estão subvalorizados, para corrigir o valor. Este impulso de recuperação de valor é forte e torna-se um fator importante para impulsionar esses dois tipos de metais preciosos.
Escassez estrutural na oferta
A pressão do lado da oferta é outro fator central que sustenta os preços. De acordo com as previsões da Associação Mundial de Prata, o mercado de prata enfrentará uma escassez severa em 2025, com a oferta total a não conseguir satisfazer a procura pelo quinto ano consecutivo. Ainda mais preocupante, com base na velocidade atual de consumo, os recursos conhecidos de prata na Terra poderão estar em risco de esgotamento antes de 2050.
O mercado de platina enfrenta uma situação semelhante. A Associação Mundial de Investimento em Platina anunciou que, em 2025, o mercado de platina apresentará um déficit de oferta pelo terceiro ano consecutivo, estimando-se uma escassez de 30 toneladas. Especialistas do setor indicam que a indústria da platina já entrou numa fase de escassez estrutural duradoura, com a oferta das minas a enfrentar pressões de longo prazo para baixo.
Previsões das instituições: otimismo na evolução do preço da platina
Diante destes fundamentos, as instituições de mercado estão geralmente otimistas quanto ao futuro da prata. A equipa de análise de commodities do UBS espera que o preço da prata suba ainda mais, situando-se entre 52 e 58 dólares. A Nomura Securities também afirmou que, em comparação com o potencial de subida do ouro, que é limitado recentemente, a prata, que combina atributos industriais e de proteção de valor, está a tornar-se cada vez mais atrativa para os investidores.
Vozes mais agressivas vêm do Crédit Agricole, que considera que a prata está atualmente subvalorizada e possui uma dupla natureza, podendo atingir os 50 dólares a curto prazo, com uma trajetória de subida a longo prazo que poderá até estender-se até aos 100 dólares.
Quanto às perspetivas para a platina, o Deutsche Bank mantém uma visão otimista, acreditando que, com o défice de oferta e a procura estrutural a sustentarem-se, a tendência de forte valorização da platina continuará. Se a relação ouro/platina puder regressar ao nível histórico de 2, a preço da platina poderá ultrapassar os 1850 dólares.