Guia completo para começar a negociar opções rapidamente: do zero ao entendimento total de opções

O que são opções? Um certificado que te dá controlo sobre o mercado

Quer ganhar dinheiro quando as ações sobem? É simples, compra barato e vende caro. Mas e se o mercado cair ou estiver altamente volátil? Opções (direitos de compra/venda) são a resposta para essa questão, sendo instrumentos financeiros derivados.

As opções, na essência, são contratos que dão ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo específico — seja ação, índice, commodity ou moeda — a um preço acordado, numa data futura. Este preço é chamado preço de exercício, e a data de validade do contrato é o prazo de vencimento. O importante é que você possui o direito, não a obrigação; pode exercer ou abandonar a opção.

Em comparação com outros derivados, a maior vantagem das opções é a flexibilidade. Seja em mercado em alta, em baixa ou de sideways, as opções ajudam investidores a encontrar oportunidades de lucro, podendo ser usadas tanto para especulação quanto para proteção contra riscos.

Por que os traders escolhem opções?

A negociação de opções atrai investidores globais por três razões principais:

Custo eficiente — Você paga uma margem de garantia relativamente baixa para controlar ativos muito maiores. Por exemplo, pagar algumas centenas de dólares por uma opção pode te dar controle sobre ações que valem milhares de dólares.

Ambiente de mercado ilimitado — Independentemente da direção do mercado, as opções podem gerar lucros. Se você acredita que o mercado vai subir, compra opções de compra (call). Se espera queda, compra opções de venda (put).

Ferramenta de hedge — Se você possui ações e teme uma queda, comprar puts pode proteger seu portfólio.

Atenção: Antes de começar a negociar opções, sua conta deve ser aprovada pela corretora. O processo envolve o envio de um acordo de opções, onde a corretora avalia seu capital, experiência e conhecimento.

Guia rápido dos principais termos de negociação de opções

Antes de entrar no mercado, é fundamental entender esses conceitos básicos:

  • Call (Opção de compra): Dá ao titular o direito de comprar o ativo a um preço específico
  • Put (Opção de venda): Dá ao titular o direito de vender o ativo a um preço específico
  • Preço de exercício: Valor acordado para compra ou venda do ativo
  • Vencimento: Data limite de validade do contrato
  • Prêmio da opção: Custo que o comprador paga ao vendedor pelo direito
  • Fator de contrato: Quantidade de ativo que cada contrato representa (nos EUA, normalmente 100 ações por contrato)

Como interpretar uma cotação de opções: quatro elementos-chave

Uma cotação de opção geralmente inclui:

1. Ativo subjacente — O ativo que o contrato acompanha, como uma ação específica

2. Tipo de negociação — Call (compra) ou put (venda). Comprar uma call te dá o direito de comprar, vender uma put te dá o direito de vender

3. Preço de exercício — Valor usado na execução do contrato. Escolher o preço de exercício adequado é crucial

4. Vencimento — Define sua janela de decisão. Deve estar alinhado com suas expectativas de movimento do ativo. Por exemplo, se espera que o relatório trimestral decepcione o mercado, escolha o vencimento após a divulgação

5. Preço da opção e custo real — A cotação mostra o preço unitário, o valor total a pagar é esse preço multiplicado pelo fator de contrato. Nos EUA, normalmente 100 ações, então se a opção custa 6,93 dólares, o custo total é 693 dólares

Quatro estratégias básicas de negociação de opções

Todas as negociações podem ser resumidas em quatro combinações: comprar ou vender, com foco em call ou put.

Estratégia 1: Comprar uma call (Long Call)

Esta é a estratégia mais simples de compra. Você adquire um “cupom” que te dá o direito de comprar ações a um preço fixo no futuro.

Lógica de funcionamento:

  • Mercado em alta: você compra a um preço de exercício, vende ao preço de mercado, e lucra com a diferença, quanto maior a alta, maior o lucro
  • Mercado em baixa: você abandona o contrato, com perda limitada ao prêmio pago

Exemplo: Suponha que a Tesla (TSLA) esteja a 175 dólares. Uma call com preço de exercício de 180 dólares custa 6,93 dólares. Você paga 693 dólares por ela. Se no vencimento o preço subir para 195 dólares, você pode comprar a 180 e vender a 195, lucrando 15 dólares por ação (menos o prêmio). Sua perda máxima é limitada a 693 dólares.

Estratégia 2: Comprar uma put (Long Put)

A estratégia mais simples de venda a descoberto. Você compra um “cupom de venda”, que te dá o direito de vender ações a um preço fixo no futuro.

Lógica de funcionamento:

  • Mercado em baixa: você vende a um preço de exercício, recomprando a um preço de mercado mais baixo, lucrando com a diferença
  • Mercado em alta: abandona o contrato, com perda limitada ao prêmio

Ideal para hedge. Se você possui ações e teme uma queda, comprar puts estabelece um “piso” de preço.

Estratégia 3: Vender uma call (Short Call)

Você vira o vendedor da opção, vendendo o “cupom de compra” para outro.

Risco: opções são jogos de soma zero — a perda do vendedor é o lucro do comprador. Se você vende uma call sem possuir as ações (venda descoberta), e o mercado sobe muito, suas perdas podem ser ilimitadas. Você pode ser forçado a comprar ações a um preço alto e vender a um preço baixo ao comprador. É como “ganhar o doce, perder a fábrica”.

Estratégia 4: Vender uma put (Short Put)

Você vende uma put, esperando que o preço do ativo se mantenha estável ou suba.

Risco: seu ganho máximo é o prêmio recebido (exemplo: 361 dólares), mas se o ativo despencar ou zerar, suas perdas podem chegar a milhares de dólares. Por exemplo, uma put com preço de exercício de 160 dólares, se o ativo cair a zero, você terá que comprar a 160 dólares as ações “sem valor”.

Conclusão: vender opções tem risco muito maior que comprar.

Como controlar efetivamente o risco na negociação de opções?

O efeito de alavancagem das opções amplia ganhos, mas também aumenta perdas. Gestão de risco deve seguir quatro princípios:

Princípio 1: Evitar posições líquidas curtas

Não venda excessivamente opções. Uma posição líquida curta significa vender mais contratos do que comprar, o que torna sua perda potencial ilimitada.

Por exemplo, em uma estratégia complexa: comprar uma call de 180 de exercício e vender duas de preço mais alto, formando uma posição líquida curta (-1). Nesse caso, deve-se comprar proteção adicional para equilibrar a posição, tornando-se neutro ou líquido longo.

Princípio 2: Controlar o tamanho da operação

Não invista mais do que pode perder. Calcule sua perda máxima aceitável e decida a quantidade de contratos com base nisso. Muitos iniciantes usam a margem como critério, o que é errado — o correto é avaliar o valor real do contrato e o potencial de prejuízo.

Princípio 3: Diversificar investimentos

Não concentre todo seu capital em uma única ação ou ativo de opções. Construa uma carteira equilibrada, com diferentes setores, classes de ativos e prazos.

Princípio 4: Definir stop-loss

Para estratégias com posições líquidas curtas, stop-loss é fundamental. Para posições líquidas longas ou neutras, como o risco máximo já é conhecido, o stop-loss é menos crítico.

Opções vs Futuros vs Contratos por Diferença: qual escolher?

Cada derivado tem suas características, sem uma resposta definitiva de qual é melhor — depende do seu objetivo de negociação:

Opções:

  • O comprador tem direito, sem obrigação; o vendedor assume risco ilimitado
  • Alavancagem moderada (20 a 100 vezes)
  • Valor mínimo de negociação relativamente baixo (alguns centenas de dólares)
  • Ideal para hedge e estratégias múltiplas
  • Menos sensível a variações de preço, não ideal para movimentos estreitos

Futuros:

  • Ambas as partes obrigadas a cumprir o contrato
  • Alavancagem menor (10 a 20 vezes)
  • Valor mínimo maior (a partir de alguns milhares de dólares)
  • Para acompanhar ativos padronizados
  • Barreiras de entrada mais altas

Contratos por Diferença (CFDs):

  • Liquidam variações de preço em dinheiro
  • Máxima alavancagem (até 200x)
  • Valor mínimo de negociação muito baixo (alguns dezenas de dólares)
  • Sem limite de vencimento
  • Negociação bidirecional flexível
  • Custos principais: spread e juros overnight

Sugestão prática: se deseja operações de curto prazo e capturar pequenas oscilações, CFDs são mais simples e diretos. Para estratégias mais complexas de hedge e múltiplos prazos, opções são melhores. Algumas plataformas oferecem negociações sem comissão, suportando múltiplos ativos, sendo amigáveis para iniciantes, mas é importante entender a estrutura de custos de cada uma.

Resumo: pontos-chave na negociação de opções

O que são opções? No fundo, são direitos de compra/venda — usar pouco capital para controlar grandes ativos, buscando oportunidades em qualquer cenário de mercado. Têm características de especulação e hedge.

Porém, abrir uma conta de opções requer aprovação da corretora, além de capital suficiente, experiência prática e conhecimento teórico. Em alguns casos, se o custo das opções for alto, ou o prazo for curto, ou a volatilidade for baixa, futuros ou CFDs podem ser alternativas melhores.

No final, o sucesso vem de uma análise correta do mercado. Ferramentas são apenas meios de executar sua visão. Pesquisa de mercado, gestão de risco e preparação psicológica são mais importantes que técnicas de negociação isoladas.

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