Recentemente, o iene tem estado sob pressão contínua no último mês, com o USD/JPY a manter-se em níveis elevados, mas este padrão pode estar prestes a mudar. Com a nova Primeira-Ministra do Japão, Sanae Takaichi, a implementar uma política fiscal ativa, juntamente com o aumento da pressão para cortes de juros pelo Federal Reserve, a perceção do mercado sobre o iene está a mudar silenciosamente.
Até 25 de novembro, a cotação do USD/JPY era de 156,60, já tendo recuado em relação ao pico. Recentemente, os dirigentes do Federal Reserve têm feito declarações dovish frequentes, com o mercado a prever uma probabilidade de 80% de cortes de juros em dezembro, o que está a alterar o diferencial de juros entre os EUA e o Japão.
A previsão contrária do Morgan Stanley para a taxa de câmbio
Os analistas do Morgan Stanley, incluindo Matthew Hornbach, apresentaram uma previsão interessante: se o Federal Reserve continuar a cortar juros à medida que surgem sinais de desaceleração económica, o iene face ao dólar poderá valorizar-se quase 10% nos próximos meses.
O banco espera que o USD/JPY atinja a faixa de 140 no primeiro trimestre de 2026, recuperando para cerca de 147 até ao final do ano. Os analistas apontam que a taxa de câmbio atual está bastante acima do valor justo, e que a descida dos rendimentos nos EUA irá ainda mais pressionar o valor teórico, o que sugere uma correção de baixa para o iene.
Eles também destacam que o estímulo fiscal do Japão não é particularmente agressivo, e que, após a recuperação económica dos EUA na segunda metade de 2026, a recuperação da procura por carry trade poderá exercer uma nova pressão sobre o iene — embora isso seja uma questão para o futuro.
O consenso das instituições financeiras de Wall Street sobre o futuro do iene
A visão do Morgan Stanley não é isolada. Uma pesquisa do Bank of America, realizada em novembro com cerca de 170 gestores de fundos, revelou que aproximadamente um terço dos entrevistados acredita que o iene será a melhor moeda a desempenhar-se no próximo ano, superando o euro, a libra e outras principais moedas.
O consenso entre esses investidores centra-se em três pontos: a avaliação do iene estar severamente subvalorizada, a possibilidade de intervenção por parte do governo japonês e do banco central, e a inevitabilidade de uma recuperação do câmbio. Com a divergência nas políticas dos bancos centrais e a evolução das políticas fiscais, o iene enfrenta não apenas uma tendência de baixa, mas uma possível mudança estrutural.
O nível elevado atual do USD/JPY pode estar justamente na fase de preparação para a próxima onda de valorização do iene.
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O iene está a recuperar? Várias instituições financeiras preveem uma inversão na tendência da taxa de câmbio até 2026
Recentemente, o iene tem estado sob pressão contínua no último mês, com o USD/JPY a manter-se em níveis elevados, mas este padrão pode estar prestes a mudar. Com a nova Primeira-Ministra do Japão, Sanae Takaichi, a implementar uma política fiscal ativa, juntamente com o aumento da pressão para cortes de juros pelo Federal Reserve, a perceção do mercado sobre o iene está a mudar silenciosamente.
Até 25 de novembro, a cotação do USD/JPY era de 156,60, já tendo recuado em relação ao pico. Recentemente, os dirigentes do Federal Reserve têm feito declarações dovish frequentes, com o mercado a prever uma probabilidade de 80% de cortes de juros em dezembro, o que está a alterar o diferencial de juros entre os EUA e o Japão.
A previsão contrária do Morgan Stanley para a taxa de câmbio
Os analistas do Morgan Stanley, incluindo Matthew Hornbach, apresentaram uma previsão interessante: se o Federal Reserve continuar a cortar juros à medida que surgem sinais de desaceleração económica, o iene face ao dólar poderá valorizar-se quase 10% nos próximos meses.
O banco espera que o USD/JPY atinja a faixa de 140 no primeiro trimestre de 2026, recuperando para cerca de 147 até ao final do ano. Os analistas apontam que a taxa de câmbio atual está bastante acima do valor justo, e que a descida dos rendimentos nos EUA irá ainda mais pressionar o valor teórico, o que sugere uma correção de baixa para o iene.
Eles também destacam que o estímulo fiscal do Japão não é particularmente agressivo, e que, após a recuperação económica dos EUA na segunda metade de 2026, a recuperação da procura por carry trade poderá exercer uma nova pressão sobre o iene — embora isso seja uma questão para o futuro.
O consenso das instituições financeiras de Wall Street sobre o futuro do iene
A visão do Morgan Stanley não é isolada. Uma pesquisa do Bank of America, realizada em novembro com cerca de 170 gestores de fundos, revelou que aproximadamente um terço dos entrevistados acredita que o iene será a melhor moeda a desempenhar-se no próximo ano, superando o euro, a libra e outras principais moedas.
O consenso entre esses investidores centra-se em três pontos: a avaliação do iene estar severamente subvalorizada, a possibilidade de intervenção por parte do governo japonês e do banco central, e a inevitabilidade de uma recuperação do câmbio. Com a divergência nas políticas dos bancos centrais e a evolução das políticas fiscais, o iene enfrenta não apenas uma tendência de baixa, mas uma possível mudança estrutural.
O nível elevado atual do USD/JPY pode estar justamente na fase de preparação para a próxima onda de valorização do iene.