As ações ainda podem ser negociadas após a sua liquidação? Três questões-chave que os investidores devem entender

A verdadeira face da gestão de ações: de transações anormais a restrições temporárias

Quando uma ação sofre variações de preço excessivas em curto período, aumento repentino de volume ou uma rotação de mercado acelerada, a Bolsa de Taiwan a inclui em um mecanismo de observação especial. Essas ações são chamadas de “ações sob gestão”, sendo essencialmente uma medida de controle de risco adotada pelas autoridades reguladoras para conter especulações excessivas.

Em vez de considerar as ações sob gestão como uma “punição”, é mais preciso vê-las como um “período de reflexão”. Por meio de ajustes manuais na frequência de matching e de imposições de pagamento integral obrigatórias, a bolsa busca orientar os participantes do mercado a tomarem decisões racionais. De acordo com dados públicos da Bolsa de Taiwan, em dezembro de 2023, dezenas de ações, incluindo Hengda, Lishan, Hongguang, Huangchang, Rongchuang, Yingguang, passaram por esse tipo de restrição.

É possível vender ações sob gestão? Como funciona o mecanismo de negociação

A resposta é sim, mas a experiência de negociação será bastante diferente.

As ações que entram na lista de gestão ainda podem ser negociadas normalmente, porém enfrentam duas camadas de restrições. No início da gestão (primeira fase), a frequência de matching é reduzida para uma vez a cada 5 minutos. Quando há mais de 10 lotes ou um total de 30 lotes acumulados, é obrigatório realizar negociações de reserva (pagamento integral antecipado); se a volatilidade persistir e ultrapassar os limites de anomalia em 30 dias, a ação entra na segunda fase, com a frequência de matching ampliada para 20 minutos, e todas as negociações devem ser feitas via reserva.

Por trás dessas regras aparentemente complexas, há uma lógica. A negociação por reserva exige que o investidor garanta fundos suficientes na conta para realizar a transação, evitando operações especulativas de financiamento. Em comparação, ações normais desfrutam de um período de carência de T+2 para pagamento, sendo essa a maior diferença entre elas.

Aspecto de negociação Ações normais Ações sob gestão(Fase 1) Ações sob gestão(Fase 2)
Frequência de matching Imediata A cada 5 minutos A cada 20 minutos
Forma de pagamento T+2 Reserva parcial( Reserva total)
Financiamento e margem Permitido Proibido Proibido
Negociação intradiária Permitida Proibida Proibida

O período de gestão normalmente dura 10 dias úteis, mas se a proporção de liquidação intradiária ultrapassar 60%, esse prazo é estendido para 12 dias. Após o término, a restrição é automaticamente removida.

Evolução de uma ação de normal para anormal

Os investidores devem compreender todo o sistema de classificação para evitar confusões. A evolução de uma ação anormal segue quatro fases:

Ação normal → Sem restrições, liquidação T+2, possibilidade de financiamento e margem

Ação em atenção → Quando há sinais como aumento de mais de 100% em 30 dias ou rotação diária superior a 10%, mas sem restrições na negociação

Ação em aviso → Quando a ação apresenta sinais contínuos de anormalidade, entra na lista de aviso

Ação sob gestão → Quando, por três a cinco dias úteis consecutivos, a ação atende aos critérios de atenção ou diretamente aos de aviso, entra oficialmente na restrição de negociação

Esse sistema de gradação progressiva oferece um alerta aos investidores. A fase de atenção não impede a negociação, funcionando como um “aviso amarelo”.

Estrutura de avaliação do valor de investimento em ações sob gestão

A possibilidade de comprar ações sob gestão não depende do estado de restrição, mas sim da qualidade do ativo em si.

Tomando como exemplo a威鋒電子(6756), que foi incluída na gestão em junho de 2021, passando por uma segunda fase de restrição, mesmo assim, devido ao contínuo entusiasmo do mercado, seu preço acumulou uma alta de 24% durante o período de gestão. Em contrapartida, Yangming(2609), que foi incluída na gestão por ter tido uma alta excessiva, posteriormente foi novamente restrita por uma grande queda, e seu preço permaneceu em baixa por longo tempo.

A diferença no destino dessas duas ações demonstra que: o estado de gestão reflete apenas o desempenho na negociação, não a qualidade da empresa.

Os investidores devem avaliar as ações sob gestão sob dois ângulos:

Análise fundamentalista: compreender profundamente os negócios centrais da empresa, sua competitividade de mercado, situação financeira (crescimento de receita, margem bruta, tendência de lucro líquido, etc.). Se os fundamentos ainda forem sólidos, o período de gestão pode ser uma oportunidade de entrada.

Análise de fluxo de capitais: observar o movimentação de fundos principais. Durante a gestão, o financiamento e a margem estão indisponíveis, tornando o movimento de grandes investidores mais transparente. Os dados pós-fechamento podem indicar as intenções de compra e venda de instituições, o que é uma vantagem para investidores perspicazes.

Sugestões de operação:

  • Antes de entrar, verificar se o preço está consolidado durante a gestão, evitando compras em queda acentuada
  • Confirmar o nível de avaliação atual, para não comprar em pico
  • Se a ação estiver subvalorizada, aproveitar a redução de liquidez e menor participação de investidores de varejo para construir posição

A expressão popular de que “quanto mais restrito, maior o potencial de alta” tem seu fundo de verdade — ações populares que entram em gestão tendem a estabilizar seus papéis, e após a liberação, podem retomar a alta. Contudo, essa lógica pode se romper quando forças de venda a descoberto entram em cena.

A gestão de ações é adequada para manter por longo prazo?

Decisões de manter por longo prazo devem considerar múltiplos fatores:

Características de risco: Em comparação às ações normais, as ações sob gestão frequentemente escondem comportamentos anormais de negociação, o que pode indicar problemas de gestão, riscos financeiros ou outras crises potenciais. Investidores com baixa tolerância ao risco devem ser cautelosos.

Ambiente de mercado: Em períodos de queda geral do mercado ou recessão econômica, as ações sob gestão amplificam os riscos; em ciclos de alta e com economia moderada, as oportunidades aumentam.

Perfil do investidor: Operadores de curto prazo podem se prejudicar pela impossibilidade de intradiária, enquanto investidores de longo prazo não são afetados pela frequência de matching. Na verdade, a obrigatoriedade regulatória de aumentar a divulgação financeira durante a período de gestão facilita que investidores de longo prazo acompanhem a operação.

Decisão central: Se o investidor confia no desenvolvimento de longo prazo da empresa, o estado temporário de restrição não deve ser motivo para abandonar a ação. A gestão é apenas uma anomalia de curto prazo na negociação, sem relação com a essência da empresa.

De modo geral, ações sob gestão podem ser compradas, vendidas ou mantidas por longo prazo, desde que baseadas em análise fundamental sólida e avaliação racional.

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