Os mercados de energia tiveram uma forte queda esta semana, à medida que relatos de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia ofuscaram os fatores geopolíticos tradicionais de alta. O petróleo bruto WTI de janeiro caiu -0,89 (-1,51%), enquanto a gasolina RBOB de janeiro diminuiu -0,0235 (-1,29%), levando ambas as commodities aos níveis mais baixos em 5 semanas. O principal fator: expectativas de que a resolução do conflito normalizaria as exportações de energia russas, atualmente restritas por sanções ocidentais.
Interrupção de Oferta Encontra Otimismo de Paz
A tensão entre essas forças revela o cálculo atual do mercado. A campanha sustentada da Ucrânia contra a infraestrutura energética russa tem sido devastadora—atingindo 28 refinarias em três meses e eliminando de 13 a 20% da capacidade de refino da Rússia. Dados da Vortexa mostraram que os embarques de produtos petrolíferos russos despencaram para 1,7 milhão de barris por dia em meados de novembro, um mínimo de 3 anos, com a produção reduzida em até 1,1 milhão de bpd.
No entanto, esse aperto na oferta global é prejudicado pela perspectiva de alívio das sanções. Assim que as restrições forem levantadas, o petróleo bruto russo—atualmente artificialmente restringido—poderá inundar novamente os mercados. Dados de armazenamento de petroleiros reforçam essa tensão: navios estacionados por mais de 7 dias acumularam 114,31 milhões de barris até o final de novembro, um aumento de 9,7% semana a semana e marcando o nível mais alto em 2,25 anos.
Obstáculos Macroeconômicos e Destruição de Demanda
Sinais econômicos fracos nos EUA agravaram a queda do petróleo bruto. As vendas no varejo aumentaram apenas +0,2% mês a mês (vs. +0,4% esperado), enquanto as folhas de pagamento privadas contraíram 13.500 por semana nas quatro semanas anteriores. Mais revelador, o índice de confiança do consumidor do Conference Board caiu -6,8 pontos para 88,7—o menor em 7 meses e bem abaixo da previsão de 93,3—sinalizando destruição de demanda na economia.
O dólar americano mais fraco proporcionou suporte modesto, limitando a extensão total das perdas, mas não conseguiu compensar a combinação de negociações de paz e deterioração dos fundamentos de demanda.
A OPEP Enfrenta a Realidade do Excesso
O cenário de produção mudou significativamente. A produção da OPEP em outubro atingiu 29,07 milhões de bpd—o maior nível em 2,5 anos—à medida que o cartel adicionou 50.000 bpd. No entanto, a organização revisou sua perspectiva do mercado global do terceiro trimestre de um déficit projetado de 400.000 bpd para um superávit de 500.000 bpd, impulsionado pela produção dos EUA que superou as expectativas.
A EIA aumentou sua previsão de petróleo bruto dos EUA para 2025 para 13,59 milhões de bpd, de 13,53 milhões de bpd. Enquanto isso, a produção dos EUA na semana que terminou em 14 de novembro caiu para 13,834 milhões de bpd, recuando do recorde de 13,862 milhões de bpd da semana anterior, embora o número de plataformas ativas tenha aumentado 2 unidades, chegando a 419 plataformas.
A OPEP+ tentou controlar os danos na sua reunião de 2 de novembro, autorizando um aumento modesto de 137.000 bpd em dezembro, antes de pausar até o primeiro trimestre de 2026, à medida que um superávit global surge. A Agência Internacional de Energia previu um superávit recorde de 4,0 milhões de bpd para 2026—forçando a OPEP+ a abandonar seus objetivos mais amplos de restauração.
Dinâmica de Inventário e Perspectivas Futuras
As expectativas de consenso apontam para reduções semanais de inventário de petróleo bruto de 2,36 milhões de barris, com acréscios de 1,16 milhão de barris nas reservas de gasolina. As leituras atuais da EIA mostram que o petróleo bruto dos EUA está 5,0% abaixo da média sazonal, a gasolina 3,7% abaixo, e os destilados 6,9% abaixo das normas de 5 anos—oferta mais apertada do que a média, que fornece suporte ao piso.
As variáveis geopolíticas ainda representam incertezas: possíveis ações militares dos EUA contra a Venezuela (o 12º maior produtor do mundo) e os desenvolvimentos contínuos entre Rússia e Ucrânia podem reverter o momentum de curto prazo. No entanto, o cálculo do mercado tende cada vez mais a favorecer a gestão do superávit em detrimento de prêmios por escassez, com os operadores de energia reprecificando o risco em torno de uma resolução diplomática, e não de uma escalada.
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Negociações de Paz Minam a Alta da Energia à medida que Preocupações com o Abastecimento Sobressaem ao Prémio Geopolítico
Os mercados de energia tiveram uma forte queda esta semana, à medida que relatos de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia ofuscaram os fatores geopolíticos tradicionais de alta. O petróleo bruto WTI de janeiro caiu -0,89 (-1,51%), enquanto a gasolina RBOB de janeiro diminuiu -0,0235 (-1,29%), levando ambas as commodities aos níveis mais baixos em 5 semanas. O principal fator: expectativas de que a resolução do conflito normalizaria as exportações de energia russas, atualmente restritas por sanções ocidentais.
Interrupção de Oferta Encontra Otimismo de Paz
A tensão entre essas forças revela o cálculo atual do mercado. A campanha sustentada da Ucrânia contra a infraestrutura energética russa tem sido devastadora—atingindo 28 refinarias em três meses e eliminando de 13 a 20% da capacidade de refino da Rússia. Dados da Vortexa mostraram que os embarques de produtos petrolíferos russos despencaram para 1,7 milhão de barris por dia em meados de novembro, um mínimo de 3 anos, com a produção reduzida em até 1,1 milhão de bpd.
No entanto, esse aperto na oferta global é prejudicado pela perspectiva de alívio das sanções. Assim que as restrições forem levantadas, o petróleo bruto russo—atualmente artificialmente restringido—poderá inundar novamente os mercados. Dados de armazenamento de petroleiros reforçam essa tensão: navios estacionados por mais de 7 dias acumularam 114,31 milhões de barris até o final de novembro, um aumento de 9,7% semana a semana e marcando o nível mais alto em 2,25 anos.
Obstáculos Macroeconômicos e Destruição de Demanda
Sinais econômicos fracos nos EUA agravaram a queda do petróleo bruto. As vendas no varejo aumentaram apenas +0,2% mês a mês (vs. +0,4% esperado), enquanto as folhas de pagamento privadas contraíram 13.500 por semana nas quatro semanas anteriores. Mais revelador, o índice de confiança do consumidor do Conference Board caiu -6,8 pontos para 88,7—o menor em 7 meses e bem abaixo da previsão de 93,3—sinalizando destruição de demanda na economia.
O dólar americano mais fraco proporcionou suporte modesto, limitando a extensão total das perdas, mas não conseguiu compensar a combinação de negociações de paz e deterioração dos fundamentos de demanda.
A OPEP Enfrenta a Realidade do Excesso
O cenário de produção mudou significativamente. A produção da OPEP em outubro atingiu 29,07 milhões de bpd—o maior nível em 2,5 anos—à medida que o cartel adicionou 50.000 bpd. No entanto, a organização revisou sua perspectiva do mercado global do terceiro trimestre de um déficit projetado de 400.000 bpd para um superávit de 500.000 bpd, impulsionado pela produção dos EUA que superou as expectativas.
A EIA aumentou sua previsão de petróleo bruto dos EUA para 2025 para 13,59 milhões de bpd, de 13,53 milhões de bpd. Enquanto isso, a produção dos EUA na semana que terminou em 14 de novembro caiu para 13,834 milhões de bpd, recuando do recorde de 13,862 milhões de bpd da semana anterior, embora o número de plataformas ativas tenha aumentado 2 unidades, chegando a 419 plataformas.
A OPEP+ tentou controlar os danos na sua reunião de 2 de novembro, autorizando um aumento modesto de 137.000 bpd em dezembro, antes de pausar até o primeiro trimestre de 2026, à medida que um superávit global surge. A Agência Internacional de Energia previu um superávit recorde de 4,0 milhões de bpd para 2026—forçando a OPEP+ a abandonar seus objetivos mais amplos de restauração.
Dinâmica de Inventário e Perspectivas Futuras
As expectativas de consenso apontam para reduções semanais de inventário de petróleo bruto de 2,36 milhões de barris, com acréscios de 1,16 milhão de barris nas reservas de gasolina. As leituras atuais da EIA mostram que o petróleo bruto dos EUA está 5,0% abaixo da média sazonal, a gasolina 3,7% abaixo, e os destilados 6,9% abaixo das normas de 5 anos—oferta mais apertada do que a média, que fornece suporte ao piso.
As variáveis geopolíticas ainda representam incertezas: possíveis ações militares dos EUA contra a Venezuela (o 12º maior produtor do mundo) e os desenvolvimentos contínuos entre Rússia e Ucrânia podem reverter o momentum de curto prazo. No entanto, o cálculo do mercado tende cada vez mais a favorecer a gestão do superávit em detrimento de prêmios por escassez, com os operadores de energia reprecificando o risco em torno de uma resolução diplomática, e não de uma escalada.