As expectativas de afrouxamento dos bancos centrais globais aumentam, o dólar canadense e o dólar de Hong Kong enfrentam pressão, e as criptomoedas aprofundam as quedas.
A margem de corte de juros do Federal Reserve ainda existe, o mercado aumenta a confiança na política de afrouxamento para o próximo ano
Os dirigentes do Federal Reserve continuam a emitir sinais dovish, injetando novas expectativas no mercado. O diretor Christopher Waller( afirmou numa atividade na Universidade de Yale que o nível atual de juros ainda se encontra numa fase ligeiramente restritiva, com espaço para uma redução de 50 a 100 pontos base no futuro, com o objetivo de levar a taxa dos fundos federais abaixo de 3% — o que é visto como um nível neutro mais alinhado com as necessidades de crescimento económico.
Waller destacou que, embora a inflação ainda esteja acima da meta de 2% do Federal Reserve, espera que nos próximos 3 a 4 meses a inflação comece a recuar, e que as tarifas não continuarão a pressionar os preços para cima. Apesar disso, ele mostrou cautela em relação ao mercado de trabalho de curto prazo, mas acredita que a perspetiva económica geral não exige uma redução de juros urgente, e que o Federal Reserve pode avançar de forma gradual na ajustagem da política. Esta posição é apoiada por bancos de investimento como Goldman Sachs, que acreditam que o Federal Reserve estará mais disposto a reduzir os juros no próximo ano do que o mercado espera, sendo que os dados do mercado de trabalho que serão publicados em breve serão um indicador importante para a decisão de corte.
Mercado de Criptomoedas sob pressão, Bitcoin e Ethereum em queda dupla
No contexto de ativos de risco globais sob pressão, o mercado de Criptomoedas também não escapou de ajustes. Segundo dados recentes, o Bitcoin caiu 0,60% nas últimas 24 horas, cotado atualmente a 87.390 dólares; o Ethereum caiu 0,27% no mesmo período, cotado a 2.940 dólares. Em comparação com os dados do relatório anterior (Bitcoin caiu 1,96% para 86.118 dólares, Ethereum caiu 4,51% para 2.828 dólares), as quedas recentes mostram alguma consolidação, mas o sentimento do mercado permanece cauteloso.
O ajuste no mercado de Criptomoedas está em sintonia com a pressão sobre as ações de tecnologia nos EUA, com uma rotação acelerada dos investidores entre ativos de risco, resultando em fluxos de capital mais voláteis.
Ações nos EUA caem em toda a linha, Nasdaq lidera a queda, setor de tecnologia sob pressão
Os mercados norte-americanos fecharam em baixa, com os três principais índices em queda. O Dow Jones caiu 0,47%, o S&P 500 recuou 1,16%, e o Nasdaq, que é o mais afetado, caiu 1,81%. O índice de semicondutores de Filadélfia despencou 3,78%, refletindo a pressão de venda sobre os setores de tecnologia e chips.
As ações de empresas chinesas também não escaparam, com o índice de conceitos chineses recuando 0,73%. Os mercados europeus tiveram desempenho variado, com o DAX 30 da Alemanha caindo 0,48%, o CAC 40 da França caindo 0,25%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido subiu 0,92%.
Dificuldades de financiamento no setor de tecnologia emergem, mudanças na competição do setor
O ambiente de financiamento no setor de tecnologia apresenta variáveis. Segundo relatos, uma grande empresa de crédito privado e negociações de projetos de data centers de uma conhecida companhia de tecnologia entraram em impasse, com uma possível pausa em um plano de investimento de 10 bilhões de dólares. Este evento provocou uma reavaliação da capacidade de financiamento das ações de tecnologia, levando à queda dos preços das ações relacionadas.
Ao mesmo tempo, a competição na área de inteligência artificial está se intensificando. A Google está acelerando o desenvolvimento de uma otimização de seu chip de IA autônomo TPU, colaborando com comunidades de código aberto para melhorar a compatibilidade com os principais frameworks de IA, com o objetivo de quebrar o monopólio dos líderes de mercado no setor de chips. Essa movimentação pressionou os preços das ações de fabricantes de chips, que caíram cerca de 3,8%.
Escalada geopolítica impulsiona o mercado de energia, dólar e iene sob forte valorização
As mudanças na situação internacional estão remodelando o mercado de commodities. As sanções dos EUA contra a Venezuela foram reforçadas, com bloqueio total de navios de petróleo sancionados que entram ou saem do país, gerando preocupações sobre o aperto na oferta global de petróleo. Apesar de a produção atual da Venezuela estar muito abaixo dos níveis de 10 anos atrás, com uma exportação mensal de cerca de 590 mil barris, uma fração do consumo global diário de 100 milhões de barris, as sanções ainda elevam a margem de risco dos investidores.
O WTI subiu 2,85%, cotado a 56,74 dólares por barril, encerrando uma sequência de quatro dias de queda. O ouro, como ativo de refúgio, avançou 0,85%, cotado a 4.338,8 dólares por onça, atingindo uma máxima de 4.349 dólares.
Os EUA também preparam uma nova rodada de sanções contra o setor energético da Rússia, que podem ser ativadas ainda nesta semana caso Moscou rejeite o acordo de paz com a Ucrânia, aumentando ainda mais a incerteza no mercado energético global.
No mercado cambial, o dólar subiu 0,19%, atingindo 98,39 pontos, o dólar/iene valorizou 0,63%, e o euro/dólar caiu 0,07%. Vale destacar que, devido às condições globais de taxas de juros e às oscilações nos preços das commodities, o dólar canadense atingiu uma mínima histórica frente ao dólar de Hong Kong, refletindo uma reavaliação do valor relativo das moedas.
Inflação no Reino Unido surpreende para baixo, expectativa de corte de juros aumenta
O índice de preços ao consumidor do Reino Unido (CPI) de novembro subiu 3,2% ao ano, o menor em 8 meses, abaixo da expectativa de 3,5%, e do valor anterior de 3,6%. Em termos mensais, o CPI caiu 0,2%. O núcleo do CPI subiu 3,2% ao ano, também abaixo da expectativa de 3,4%.
O desempenho inesperado dos dados de inflação reacendeu as expectativas de corte de juros pelo Banco da Inglaterra. Os investidores já incorporaram a expectativa de uma redução de 0,25% amanhã, e também preveem uma redução adicional de mais de 0,68% no próximo ano, o que equivale a mais de 70% de chance de pelo menos três cortes de juros. Como consequência, a libra esterlina foi pressionada, caindo abaixo de 1,34 frente ao dólar por um tempo.
Futuros de ações de Hong Kong enfraquecem, sentimento de risco do mercado permanece moderado
Os futuros de ações de Hong Kong apresentaram desempenho fraco. O contrato de futuros do Hang Seng fechou em 25.304 pontos, uma queda de 165 pontos em relação ao fechamento de ontem de 25.468 pontos. O contrato de futuros do índice de China continental fechou em 8.785 pontos, uma baixa de 59 pontos em relação ao dia anterior. No volume de negociações, o contrato de futuros do Hang Seng teve 14.744 contratos, indicando participação limitada, refletindo um sentimento de risco mais cauteloso entre os investidores.
Mercado de títulos estáveis, perspectivas de juros continuam sob atenção
A taxa de rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos dos EUA permanece em torno de 4,15%, praticamente inalterada em relação ao dia anterior. Apesar do fortalecimento do dólar, as expectativas do mercado de juros já precificaram suficientemente a possibilidade de afrouxamento do banco central, e as taxas de juros de curto prazo devem oscilar próximas ao nível atual até a decisão do banco central na próxima semana, quando poderão surgir novas direções.
Principais eventos de hoje
Hoje serão divulgados diversos dados econômicos importantes e sinais de política: discurso de Trump, dados de comércio de novembro da Suíça, decisão de taxa de juros e ata da reunião do Banco da Inglaterra, decisão de taxa de juros do BCE, CPI de novembro dos EUA, índice de manufatura do Fed de Filadélfia de dezembro, pedidos de auxílio-desemprego iniciais e a conferência de imprensa do presidente do BCE, Lagarde. Estes eventos serão pontos centrais de atenção do mercado e podem gerar novas volatilidades.
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
As expectativas de afrouxamento dos bancos centrais globais aumentam, o dólar canadense e o dólar de Hong Kong enfrentam pressão, e as criptomoedas aprofundam as quedas.
A margem de corte de juros do Federal Reserve ainda existe, o mercado aumenta a confiança na política de afrouxamento para o próximo ano
Os dirigentes do Federal Reserve continuam a emitir sinais dovish, injetando novas expectativas no mercado. O diretor Christopher Waller( afirmou numa atividade na Universidade de Yale que o nível atual de juros ainda se encontra numa fase ligeiramente restritiva, com espaço para uma redução de 50 a 100 pontos base no futuro, com o objetivo de levar a taxa dos fundos federais abaixo de 3% — o que é visto como um nível neutro mais alinhado com as necessidades de crescimento económico.
Waller destacou que, embora a inflação ainda esteja acima da meta de 2% do Federal Reserve, espera que nos próximos 3 a 4 meses a inflação comece a recuar, e que as tarifas não continuarão a pressionar os preços para cima. Apesar disso, ele mostrou cautela em relação ao mercado de trabalho de curto prazo, mas acredita que a perspetiva económica geral não exige uma redução de juros urgente, e que o Federal Reserve pode avançar de forma gradual na ajustagem da política. Esta posição é apoiada por bancos de investimento como Goldman Sachs, que acreditam que o Federal Reserve estará mais disposto a reduzir os juros no próximo ano do que o mercado espera, sendo que os dados do mercado de trabalho que serão publicados em breve serão um indicador importante para a decisão de corte.
Mercado de Criptomoedas sob pressão, Bitcoin e Ethereum em queda dupla
No contexto de ativos de risco globais sob pressão, o mercado de Criptomoedas também não escapou de ajustes. Segundo dados recentes, o Bitcoin caiu 0,60% nas últimas 24 horas, cotado atualmente a 87.390 dólares; o Ethereum caiu 0,27% no mesmo período, cotado a 2.940 dólares. Em comparação com os dados do relatório anterior (Bitcoin caiu 1,96% para 86.118 dólares, Ethereum caiu 4,51% para 2.828 dólares), as quedas recentes mostram alguma consolidação, mas o sentimento do mercado permanece cauteloso.
O ajuste no mercado de Criptomoedas está em sintonia com a pressão sobre as ações de tecnologia nos EUA, com uma rotação acelerada dos investidores entre ativos de risco, resultando em fluxos de capital mais voláteis.
Ações nos EUA caem em toda a linha, Nasdaq lidera a queda, setor de tecnologia sob pressão
Os mercados norte-americanos fecharam em baixa, com os três principais índices em queda. O Dow Jones caiu 0,47%, o S&P 500 recuou 1,16%, e o Nasdaq, que é o mais afetado, caiu 1,81%. O índice de semicondutores de Filadélfia despencou 3,78%, refletindo a pressão de venda sobre os setores de tecnologia e chips.
As ações de empresas chinesas também não escaparam, com o índice de conceitos chineses recuando 0,73%. Os mercados europeus tiveram desempenho variado, com o DAX 30 da Alemanha caindo 0,48%, o CAC 40 da França caindo 0,25%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido subiu 0,92%.
Dificuldades de financiamento no setor de tecnologia emergem, mudanças na competição do setor
O ambiente de financiamento no setor de tecnologia apresenta variáveis. Segundo relatos, uma grande empresa de crédito privado e negociações de projetos de data centers de uma conhecida companhia de tecnologia entraram em impasse, com uma possível pausa em um plano de investimento de 10 bilhões de dólares. Este evento provocou uma reavaliação da capacidade de financiamento das ações de tecnologia, levando à queda dos preços das ações relacionadas.
Ao mesmo tempo, a competição na área de inteligência artificial está se intensificando. A Google está acelerando o desenvolvimento de uma otimização de seu chip de IA autônomo TPU, colaborando com comunidades de código aberto para melhorar a compatibilidade com os principais frameworks de IA, com o objetivo de quebrar o monopólio dos líderes de mercado no setor de chips. Essa movimentação pressionou os preços das ações de fabricantes de chips, que caíram cerca de 3,8%.
Escalada geopolítica impulsiona o mercado de energia, dólar e iene sob forte valorização
As mudanças na situação internacional estão remodelando o mercado de commodities. As sanções dos EUA contra a Venezuela foram reforçadas, com bloqueio total de navios de petróleo sancionados que entram ou saem do país, gerando preocupações sobre o aperto na oferta global de petróleo. Apesar de a produção atual da Venezuela estar muito abaixo dos níveis de 10 anos atrás, com uma exportação mensal de cerca de 590 mil barris, uma fração do consumo global diário de 100 milhões de barris, as sanções ainda elevam a margem de risco dos investidores.
O WTI subiu 2,85%, cotado a 56,74 dólares por barril, encerrando uma sequência de quatro dias de queda. O ouro, como ativo de refúgio, avançou 0,85%, cotado a 4.338,8 dólares por onça, atingindo uma máxima de 4.349 dólares.
Os EUA também preparam uma nova rodada de sanções contra o setor energético da Rússia, que podem ser ativadas ainda nesta semana caso Moscou rejeite o acordo de paz com a Ucrânia, aumentando ainda mais a incerteza no mercado energético global.
No mercado cambial, o dólar subiu 0,19%, atingindo 98,39 pontos, o dólar/iene valorizou 0,63%, e o euro/dólar caiu 0,07%. Vale destacar que, devido às condições globais de taxas de juros e às oscilações nos preços das commodities, o dólar canadense atingiu uma mínima histórica frente ao dólar de Hong Kong, refletindo uma reavaliação do valor relativo das moedas.
Inflação no Reino Unido surpreende para baixo, expectativa de corte de juros aumenta
O índice de preços ao consumidor do Reino Unido (CPI) de novembro subiu 3,2% ao ano, o menor em 8 meses, abaixo da expectativa de 3,5%, e do valor anterior de 3,6%. Em termos mensais, o CPI caiu 0,2%. O núcleo do CPI subiu 3,2% ao ano, também abaixo da expectativa de 3,4%.
O desempenho inesperado dos dados de inflação reacendeu as expectativas de corte de juros pelo Banco da Inglaterra. Os investidores já incorporaram a expectativa de uma redução de 0,25% amanhã, e também preveem uma redução adicional de mais de 0,68% no próximo ano, o que equivale a mais de 70% de chance de pelo menos três cortes de juros. Como consequência, a libra esterlina foi pressionada, caindo abaixo de 1,34 frente ao dólar por um tempo.
Futuros de ações de Hong Kong enfraquecem, sentimento de risco do mercado permanece moderado
Os futuros de ações de Hong Kong apresentaram desempenho fraco. O contrato de futuros do Hang Seng fechou em 25.304 pontos, uma queda de 165 pontos em relação ao fechamento de ontem de 25.468 pontos. O contrato de futuros do índice de China continental fechou em 8.785 pontos, uma baixa de 59 pontos em relação ao dia anterior. No volume de negociações, o contrato de futuros do Hang Seng teve 14.744 contratos, indicando participação limitada, refletindo um sentimento de risco mais cauteloso entre os investidores.
Mercado de títulos estáveis, perspectivas de juros continuam sob atenção
A taxa de rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos dos EUA permanece em torno de 4,15%, praticamente inalterada em relação ao dia anterior. Apesar do fortalecimento do dólar, as expectativas do mercado de juros já precificaram suficientemente a possibilidade de afrouxamento do banco central, e as taxas de juros de curto prazo devem oscilar próximas ao nível atual até a decisão do banco central na próxima semana, quando poderão surgir novas direções.
Principais eventos de hoje
Hoje serão divulgados diversos dados econômicos importantes e sinais de política: discurso de Trump, dados de comércio de novembro da Suíça, decisão de taxa de juros e ata da reunião do Banco da Inglaterra, decisão de taxa de juros do BCE, CPI de novembro dos EUA, índice de manufatura do Fed de Filadélfia de dezembro, pedidos de auxílio-desemprego iniciais e a conferência de imprensa do presidente do BCE, Lagarde. Estes eventos serão pontos centrais de atenção do mercado e podem gerar novas volatilidades.