A moeda digital chinesa (e-CNY) está prestes a receber uma atualização institucional crucial. O Banco Popular da China anunciou que, a partir de 1 de janeiro de 2026, será lançado um novo quadro operacional para a moeda digital chinesa, permitindo que os bancos comerciais paguem juros aos detentores de e-CNY, com o objetivo de aumentar a atratividade e a frequência de uso da moeda digital do banco central. Essa mudança é vista como um passo importante na transformação do e-CNY de uma “dinheiro digital” para uma “ferramenta de depósito digital”.
O vice-governador do Banco Popular da China, Lu Lei, destacou em um artigo no Financial Times que esse “plano de ação” impulsionará a atualização das funções do e-CNY no sistema financeiro. No futuro, o e-CNY não será mais apenas um substituto do dinheiro em espécie, mas também possuirá atributos de depósito, podendo ser emitido e circulado dentro do sistema bancário, com suporte técnico unificado e estrutura regulatória fornecida pelo banco central.
Lu Lei afirmou que a nova fase do e-CNY será baseada em um sistema de contas, compatível com tecnologia de livro-razão distribuído, e terá funções de cotação monetária, armazenamento de valor e pagamentos transfronteiriços, além de ser refletida como passivo dos bancos comerciais na esfera jurídica e contábil. Isso significa que, em termos de funcionalidade, o e-CNY se aproximará mais de depósitos à vista, potencialmente fortalecendo a disposição de residentes e empresas de manterem o e-CNY a longo prazo.
No que diz respeito à estratégia de implementação, o banco central também propôs estabelecer um Centro Internacional de Operações de e-CNY em Xangai, explorando pagamentos transfronteiriços e cenários de aplicação internacional. Essa iniciativa foi interpretada pelo mercado como mais uma tentativa visionária da China na internacionalização da moeda digital do banco central (CBDC).
Revisando o histórico de desenvolvimento, o Banco Popular da China iniciou em 2014 o projeto de pesquisa sobre moeda digital eletrônica (DCEP), sendo um dos primeiros bancos centrais do mundo a realizar estudos sistemáticos sobre CBDC. Em abril de 2022, o e-CNY entrou oficialmente na visão pública e, em várias cidades, promoveu o uso por meio de subsídios ao consumo, airdrops e testes piloto.
À medida que políticas como “mecanismo de juros do e-CNY”, “atributo de depósito do e-CNY” e “avanços na CBDC chinesa” vão sendo implementadas, as propriedades financeiras do e-CNY continuam a se fortalecer. Especialistas geralmente acreditam que esse novo quadro não só ajudará a ampliar a escala de aplicação prática do e-CNY, mas também poderá ter impactos profundos no futuro sistema de pagamentos, na estrutura de passivos bancários e nos modelos de liquidação transfronteiriça.
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A RMB digital chinesa recebe uma atualização importante: possuir e-CNY também pode gerar juros, e os cenários de aplicação podem acelerar a expansão
A moeda digital chinesa (e-CNY) está prestes a receber uma atualização institucional crucial. O Banco Popular da China anunciou que, a partir de 1 de janeiro de 2026, será lançado um novo quadro operacional para a moeda digital chinesa, permitindo que os bancos comerciais paguem juros aos detentores de e-CNY, com o objetivo de aumentar a atratividade e a frequência de uso da moeda digital do banco central. Essa mudança é vista como um passo importante na transformação do e-CNY de uma “dinheiro digital” para uma “ferramenta de depósito digital”.
O vice-governador do Banco Popular da China, Lu Lei, destacou em um artigo no Financial Times que esse “plano de ação” impulsionará a atualização das funções do e-CNY no sistema financeiro. No futuro, o e-CNY não será mais apenas um substituto do dinheiro em espécie, mas também possuirá atributos de depósito, podendo ser emitido e circulado dentro do sistema bancário, com suporte técnico unificado e estrutura regulatória fornecida pelo banco central.
Lu Lei afirmou que a nova fase do e-CNY será baseada em um sistema de contas, compatível com tecnologia de livro-razão distribuído, e terá funções de cotação monetária, armazenamento de valor e pagamentos transfronteiriços, além de ser refletida como passivo dos bancos comerciais na esfera jurídica e contábil. Isso significa que, em termos de funcionalidade, o e-CNY se aproximará mais de depósitos à vista, potencialmente fortalecendo a disposição de residentes e empresas de manterem o e-CNY a longo prazo.
No que diz respeito à estratégia de implementação, o banco central também propôs estabelecer um Centro Internacional de Operações de e-CNY em Xangai, explorando pagamentos transfronteiriços e cenários de aplicação internacional. Essa iniciativa foi interpretada pelo mercado como mais uma tentativa visionária da China na internacionalização da moeda digital do banco central (CBDC).
Revisando o histórico de desenvolvimento, o Banco Popular da China iniciou em 2014 o projeto de pesquisa sobre moeda digital eletrônica (DCEP), sendo um dos primeiros bancos centrais do mundo a realizar estudos sistemáticos sobre CBDC. Em abril de 2022, o e-CNY entrou oficialmente na visão pública e, em várias cidades, promoveu o uso por meio de subsídios ao consumo, airdrops e testes piloto.
À medida que políticas como “mecanismo de juros do e-CNY”, “atributo de depósito do e-CNY” e “avanços na CBDC chinesa” vão sendo implementadas, as propriedades financeiras do e-CNY continuam a se fortalecer. Especialistas geralmente acreditam que esse novo quadro não só ajudará a ampliar a escala de aplicação prática do e-CNY, mas também poderá ter impactos profundos no futuro sistema de pagamentos, na estrutura de passivos bancários e nos modelos de liquidação transfronteiriça.